TERAPIA ESTRATÉGICA BREVE AVANÇADA: UMA VISÃO GERAL DE INTERVENÇÕES COM TRANSTORNOS ALIMENTARES PARA EXEMPLAR COMO A TEORIA E A PRÁTICA FUNCIONAM

Este artigo visa apresentar alguns dos aspectos centrais da evolução que a terapia estratégica breve sofreu no Centro di Terapia Strategica de Arezzo, Itália, em direção a estratégias terapêuticas avançadas que diferem do modelo original de Palo Alto. (Fisch, Weakland, & Segal, 1982; Watzlawick, 1978; Watzlawick, Beavin, & Jackson, 1967; Watzlawick, Weakland, & Fisch, 1974). Vamos nos concentrar em como o conceito de auto-engano é central para a formação e persistência de distúrbios psicológicos; e como o uso de lógicas não comuns e a compreensão do sistema perceptivo-reativo do indivíduo são de fundamental importância no deslinde de tais distúrbios, permitindo ao terapeuta orientar o paciente para uma solução eficaz e eficiente.

Ao invés de tentar descrever e listar o corpus teórico que fundamenta a terapia estratégica breve, optamos por exemplificar alguns conceitos focais que conectam a teoria à prática, e vice-versa, apresentando o esboço de alguns protocolos terapêuticos elaborados para a resolução de transtornos alimentares que podem ser especificamente adaptados para cada paciente.